The textile process

As regras para iniciar um novo projeto: olhar, sentir e cheirar lã.

É isso que tenho feito ultimamente — preparo-me para começar uma nova coleção de tapeçarias. Até a hora de lavar mais lã chegar, fico a sonhar acordada com o que a lã já lavada no meu atelier, se pode tornar.

A liberdade que vem de processar a lã eu mesma pode ser um pouco avassaladora… Há tantas formas de o fazer: devo fazer fios finos ou grossos? / com que cor devo tingir ? / 1 fio ou 2 fios torcidos? / fio com muita textura ou uniforme? / devo tecê-lo no tear de mesa ou no tear de moldura?

Nunca fui de fazer planos quando se trata de arte, por isso a minha solução é manter todo o processo intuitivo e ir passo-a-passo, tentando sentir o que se segue naturalmente, sem forçar uma ideia no início.

Acho que isso torna as coisas um pouco mais difíceis, mas sem dúvida mais gratificantes também. Mal posso esperar para ver no que esta lã se vai transformar.

The rules for starting a new project: looking, feeling and smelling wool.

That’s what I’ve been doing lately — getting ready to start a new collection of handmade tapestries. Until the time comes to wash more wool, I find myself daydreaming about what the already clean wool in my studio could become.

The freedom that comes with processing the wool myself can be a bit overwhelming… There’s so many ways I can go with it: should I make thin or chunky yarn? / what color should I naturally dye it? / 1-ply or 2-ply? / textured or regular yarn? / should I weave it in the table loom or the frame loom?

I’ve never been a planner when it comes to art, so my solution is to keep all the process intuitive and take it step by step, trying to feel what comes next naturally, not forcing an idea at the start.

I guess it makes things a bit more challenging, but definitely more rewarding too.
Can’t wait to see what this wool turns out to be.

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